🇧🇷 Mulheres sênior no mercado: como a Vinta faz diferente

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January 16, 2023
<p>A diversidade no mercado de tecnologia ainda é limitada. Apesar do crescimento e esforços recentes, olhando em números totais na indústria de tecnologia, ainda há muito que precisa mudar.<a href="https://portalfat.mte.gov.br/programas-e-acoes-2/caged-3/"> Segundo dados do CAGED</a>, a parcela de mulheres cresceu 60% nos últimos 5 anos, considerando que apenas 20% desse setor era de mulheres. Esses dados ficam ainda mais evidentes quando olhamos para a participação de mulheres sênior no mercado. <br></p><p>Estudos mostram que diversidade nas empresas impacta positivamente a experiência das pessoas na empresa, aumenta a qualidade das soluções nos times e pressiona o mundo corporativo para a melhoria. De acordo com pesquisa<a href="https://www.bain.com/contentassets/e4fcb1f4478f49658dacdbcfe326b07e/bain_linkedin_liderancafeminina_sematalhos.pdf"> Bain LinkedIn de 2019</a>, 88% dos respondentes concordam que equipes com liderança diversificada trazem melhores resultados. <br></p><p>Por isso buscamos ações que possam servir como modo de incentivo à inserção de cada vez mais mulheres na Vinta. Aqui, construímos um ambiente diverso intencionalmente, através de um conjunto que ações sobre nosso plano salarial, benefícios, planos de carreira, processos culturais e de nossos esforços em hiring ao longo dos anos. <br></p><p>Hoje, temos a visão de continuarmos a trazer para dentro da Vinta pessoas diversas através da inserção e treinamento de grupos minorizados de forma sistemática, especialmente focada para pessoas pretas e mulheres –<a href="https://www.pretalab.com/report-quem-coda"> parcela da população que tem a maior taxa de desocupação do mercado</a>.</p><h2 id="dificuldades-no-caminho-da-melhoria"><br>Dificuldades no caminho da melhoria</h2><p>São inúmeros os relatos das mulheres na área de tecnologia sobre a falta de voz que possuem no mercado. São exemplos: a ausência medidas eficientes para a promoção da igualdade de gênero, o exercício de suas profissões no dia a dia, e politicas organizacionais excludentes de reconhecimento profissional, recompensas ou salários. <br></p><p>Isso faz com que mesmo minorias engajadas nessas empresas frequentemente apontem para a falta de poder de discussão dentro de suas empresas como um dos grandes entraves para as melhorias, que por sua vez resulta em estruturas de trabalho, políticas culturais, e benefícios enviesados e pouco inclusivas.<br></p><p>A Vinta é construída por pessoas, e valorizamos profundamente a criação de um espaço onde as pessoas possam se posicionar e fazer parte da construção de times mais profissionais, igualitários e saudáveis.<br></p><p>Pessoas da Vinta que se identificam em grupos minorizados (mulheres, pessoas negras, LGBTIQIAP+, PCDs), ao perceberem essa abertura organizacional na Vinta, criaram o Círculo da Diversidade. No Círculo, elas podem trazer ideias e propor ações organizacionais práticas relativas ao tema diversidade, inclusão e equidade. Através desses debates, são explorados e maturados conteúdos sensíveis para visibilidade, treinamento e promoção da inclusão eficiente de todas as pessoas na empresa. Esses insights são fornecidos para várias áreas na empresa, impactando nossos processos de gestão e rotina de trabalho, bem como nas ações de Hiring, Culture e People Operations.<br></p><p>Esse trabalho não poderia acontecer sem uma forte vivência de segurança psicológica em nosso ambiente de trabalho. Vindo primeiramente das lideranças, essa segurança faz com que as pessoas da empresa trabalhem num ambiente de responsabilidade compartilhadas, através da construção e manutenção desse espaço seguro com metas compartilhadas, o que leva as pessoas para maior participação, engajamento, melhor experiência de trabalho e aumento de performance em geral.<br></p><p>Para construirmos esse valor, foi indispensável para nós a compilação de um Código de Ética. Esse documento é focado em dar noções claras do comportamento esperado das pessoas relacionadas à Vinta, com exemplos claros e diretrizes atitudinais assertivas. Ter essas expectativas anunciadas desde o dia um é uma excelente forma de garantir a segurança das pessoas em suas relações profissionais, de maneira a formalizar e perpetuar os valores de respeito e confiança que somos firmados.</p><p>Essa ideia que “explícito é melhor que implícito” veio de nossa relação com a comunidade open source, que tem forte influência sobre nosso conjunto de valores. Aprendemos com nossa proximidade com essa comunidade que, mesmo num ambiente em que haja a horizontalidade, é importante que existam expectativas claras sobre membros de uma organização devem agir.</p><p>Nosso Código de Ética também garante meios seguros pelos quais as pessoas possam buscar ajuda e solução rápida com o Comitê de Ética. Colegas de trabalho também fazem parte da manutenção desse ambiente, e são também indicados a buscarem o Comitê quando presenciaram algo que envolva suas colegas de trabalho.</p><h2 id="estruturas-sexistas-dificultam-mulheres-no-mercado">Estruturas sexistas dificultam mulheres no mercado</h2><p>A escassez de líderes femininas vista nas empresas não somente é consequência de todos esses gaps aqui já indicados. O processo de mudança é dificultado por, num ambiente frequentemente conduzido por homens, existir a pessoas diversas em posições de tomada de decisão e influência organizacional, exercendo uma liderança capaz de ser inspiradora para pessoas minorizadas. Superar essas mudanças é dificultado também pela ausência de rede de apoio interna e ações efetivas por parte das empresas para atacarem todas essas faltas. <br></p><p>Dados também apontam que as mulheres também se arriscam menos que os homens no mercado de trabalho.<a href="https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/09/18/por-que-mulheres-se-candidatam-a-menos-vagas-de-emprego-do-que-homens.htm"> Enquanto os homens se candidatam em vagas de emprego quando possuem ao menos 60% dos requisitos listados, mulheres sentem que precisam ter 100% dos requisitos solicitados pelos empregadores para concorrerem a uma vaga</a>. Isso ocorre devido a práticas machistas no mercado de tecnologia: perguntas sexistas no processo seletivo, descrições de vaga que visionam uma persona masculina, e a maternidade ainda ser vista como algo negativo.<br></p><p>A dificuldade das empresas não está somente em perceber a importância de contratar, treinar e inspirar mulheres no setor de tecnologia. Ela também está na incapacidade de integrar melhor pessoas que não são maioria. Para a verdadeira integração de pessoas diversas, é necessário que políticas e ações de paridade que impactem diretamente o crescimento e sentimento de pertencimento das pessoas diversas é indispensável.<a href="https://www.vinta.com.br/blog/2021/licenca-paternidade-estendida/"> Aqui está o que falou nosso CEO sobre o “porquê de termos uma licença-paternidade estendida, e como isso tem a ver com paridade de oportunidades”.</a><br></p><p>A única forma de mudar essa realidade é através de ações sistemáticas. O processo de hiring na Vinta já busca uma forma de incluir mais mulheres e demais grupos minorizados, tanto através de hunting ativo quanto por vagas afirmativas. Não queremos só remanejar o mercado de pessoas minorizaras, mas também queremos treinar pessoas diversas. <br></p><p>Para tentar reduzir essa disparidade percebida na demografia do mercado, uma das ferramentas da Vinta para aumento de representatividade feminina na empresa é o Programa de Estágio para Mulheres. Esse programa visa formar profissionais altamente capacitadas e acontece desde 2016. Assim, mulheres menos experientes têm aqui na Vinta espaço de começarem e desenvolverem suas carreiras. <br></p><h2 id="novas-vagas-afirmativas-mulheres-seniores">Novas vagas afirmativas: mulheres seniores<br></h2><p>Em complemento ao Programa de Estágio para Mulheres e a criação do Círculo da Diversidade, abrimos vagas afirmativas para pessoas com mais senioridade de grupos minorizados. A razão disso é que possam existir ainda mais referências profissionais diversas na empresa, e assim facilitarmos ainda mais o treinamento de pessoas em posição de entrada. Isso ajuda as recém-ingressas a ter espelhos profissionais, e pareiem, sejam orientadas e mentoradas por elas ao longo de suas carreiras, contando com a experiência dessas pessoas para que também possam crescer.</p><p>Acreditamos que esse processo de hiring precisa ser transparente. Por isso, todas as vagas da Vinta têm faixa salarial disponível. Isso ajuda para estabelecer as expectativas cedo, e evitar inseguranças por parte da pessoa entrevistada sobre preocupações acerca de negociação de salário. Em nosso processo de avaliação, fazemos análise das competências apresentadas através de perguntas comportamentais, e com isso nossa proposta salarial é associada a um nível dentro de nosso plano de carreira.<br></p><p>Essa transparência também opera dentro da empresa para garantia de isonomia salarial: todas as pessoas no mesmo cargo e posição na empresa recebem o mesmo salário, e a tabela salarial onde todas as pessoas se posicionam é pública para todas as pessoas na empresa.</p><h2 id="as-mulheres-na-vinta">As mulheres na Vinta</h2><p>Para construir equidade de oportunidades em posições e carreiras, é indispensável escutar a vasta experiência de quem já passou por isso.</p><p>Conversando com mulheres senior na Vinta hoje, é evidente que estamos nos posicionando contra um problema transversal na sociedade, presente em vários momentos diferentes da carreira delas. Aqui estão alguns comentários delas sobre sua introdução e perspectiva do mercado:</p><blockquote>“Já começa na faculdade, as pessoas que eu via como senior Product Designer eram homens. As mulheres geralmente sumiam, não eram comentadas, ou não tinham. Lista de designers referência de 2000 e algo também, era maioria homem. É difícil não se ver em um lugar, sabe?”</blockquote><p><em>(Anna Erbetta, Product Designer Senior na Vinta)</em></p><p></p><blockquote>“(...)Hoje, talvez, eu iria reagir diferente à uma vaga de Senior. Hoje eu conseguiria submeter para uma vaga de Senior porque eu entendi que eu entrei em uma empresa de especialistas, ainda não tinha tido uma experiência em uma empresa como a Vinta, era uma empresa muito grande, era caótico, não tinha plano de cargos e salários, em que eu não sabia como me encaixava na trilha. Mas uma vez que eu tive essa experiência aqui na Vinta, que eu entendi que eu tinha outras pessoas como referência, eu entendi que eu sou desse nível.”</blockquote><p><em>(Gabriela Cavalcante, Tech Lead na Vinta)</em><br></p><p>Na Vinta, somos esse espaço de apoio. Hoje, 66% das lideranças na Vinta são mulheres. Um de nossos projetos possui, inclusive, toda sua liderança composta por mulheres. Esses fatos não são frutos de acaso: consistentemente pessoas diversas se sentem confortáveis no espaço que continuamos construindo com atenção e dedicação.</p><p>Os profissionais que trabalham no setor de tecnologia hoje são sumariamente homens, brancos e jovens, e de uma classe socioeconômica mais alta. A existência de espaço de apoio, políticas de inclusão, preparo e capacitação de mulheres e demais minorias é indispensável para fazer com que o setor de tecnologia no Brasil seja para <em>todas</em> as pessoas.</p>